Feiras livres comprometidas com sustentabilidade se disseminam na cidade
- Casa de Alice
- 21 de jul.
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Demanda por produtos alinhados à bem-estar e meio ambiente diversifica formato dos eventos

Aparentemente poderia ser só mais uma feirinha como as tantas que se espalham pela cidade. Um olhar mais atento, porém, notará peculiaridades, como a predominância de produtos veganos, a ausência de descartáveis plásticos e objetos de arte feitos com material que seria descartado. Impulsionadas pelo crescimento da procura por produtos sustentáveis, que foi de 40% no Brasil entre abril de 2022 e março de 2023, segundo levantamento do Mercado Livre, as novas feiras pautadas em objetivos sociais e ecológicos não param de se multiplicar. “A demanda por criações autorais e de consumo consciente cresceu muito. As ‘feiras criativas’, como são chamadas hoje, se tornaram um nicho de mercado consistente”, aponta Cláudia Kievel, CEO da Rede Jardim Secreto, que trabalha desde 2015 no segmento. Com cerca de 700 expositores cadastrados, a Feira Jardim Secreto possui um critério de seleção voltado para o compromisso com a cadeia produtiva e a economia local. “Todos os itens descartados na feira são reciclados ou compostados. E temos quatro guias na curadoria: escala do negócio, produção justa, economia circular e originalidade”, explica a fundadora. A Casa de Alice percorre o mesmo caminho. “A partir do ano que vem, seremos lixo zero. Traremos uma ONG de reciclagem e estamos confeccionando copos ecológicos”, afirma Sandra de Lima, criadora da feira que, duas vezes ao mês, ocupa ruas da Liberdade e de Santa Cecília. “Temos um compromisso social. Na Liberdade, fazemos um trabalho mútuo de ativação do espaço público junto com o comércio local. E também temos marcas voltadas para o público japonês e negro”, diz Sandra.

Agora, começa a surgir uma série de iniciativas ainda mais especializadas, como a Feira Urban, integrada com vivências de bem-estar, a Novo de Novo, de moda vintage, e a Brechó Plus Size, organizada pela Pop Plus. As últimas investem no conceito de upcycling, tendência de reaproveitamento que consiste em dar novo destino a materiais que seriam descartados. Publicado em VEJA São Paulo de 2 de agosto de 2024, edição nº 2904




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